Conhecer o Cânion Itaimbezinho pela trilha do Rio do Boi foi uma das experiências mais bonitas que já tive.
Fiz a longa trilha do Rio do Boi que é uma caminhada por este rio até um ponto central do maravilhoso Cânion Itaimbezinho, o mais vertical do Brasil, que fica na divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nesta publicação tem tudo sobre a aventura.
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Continuando a viagem de moto pela américa
Continuei viagem depois de uma semana na Praia do Rosa – saiba mais – rodando 200 e poucos Kms de moto por um trecho muito bonito da BR 110 até chegar na Praia Grande de Santa Catarina.
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Hospedagem na Praia Grande de Santa Catarina
Achei o Ecohostel dos Canyons na internet e fui direto bater lá na porta. Depois de um tempo esperando e ninguém atender já estava achando que o hostel não funcionava mais e então fui recebido pelo Osmar, um hóspede que estava voltando do mercado.

Em seguida o Artur, voluntariado pelo Worldpackers – veja minha experiência na plataforma – veio me receber.

O hostel é bem simples, fiquei em um quarto com duas beliches. Fui atacado por pernilongos a noite. Além de ser perto de rios, segundo o Alex, proprietário e guia turístico, tinham cortado a grama por aqueles dias, o que piora um pouco a situação.
>> Valor da estadia: R$ 40,00
Fui recebido com um jantar vegano
Enquanto fechava a estadia e o passeio do dia seguinte com o Alex por telefone, o casal Osmar e Claudia terminavam de fazer uma sopa vegana e me convidaram para jantar com eles.
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Estava bem gostosa. Explicaram um pouco que são adventistas e participaram de uma imersão de um mês em um sítio para aprenderem mais sobre religião, alimentação e estilo de vida, depois disso deixaram de comer carne de vez.
Fechando o passeio do Cânion Itaimbezinho pela trilha do Rio do Boi
Dei muita sorte que este casal também motociclista estava lá e já tinham reservado o passeio do Cânion Itaimbezinho pela trilha do Rio do Boi para o dia seguinte, aproveitei e fui junto.
>> O valor do passeio com o guia Alex ficou em R$ 80,00 para mim.
Como foi a trilha do Rio do Boi
Acordamos bem cedo no dia seguinte e comemos o café simples do hostel. O Alex deixou eu fazer uns lanches para levar com o que sobrou porque o dia seria longo.
Entramos no carro dele e seguimos para o início da trilha no Parque Nacional Aparados da Serra.

O passeio pelo Rio do Boi é de 14Km no total.
Os primeiros 3,5Km são em uma trilha de terra subindo e descendo alguns morros. Pelo caminho o guia explica sobre uma planta e outra e conta umas histórias como a do senhor que mora sozinho no meio do mato e não gosta de ver gente.
Depois deste trecho começamos a caminhada de 3,5 km pelas pedras na beira do rio.
Neste percurso atravessamos o Rio do Boi algumas vezes.
O rio tem esse nome porque antes de virar área de proteção ambiental existiam algumas fazendas no topo e alguns bois caíam de cima da montanha no rio. Bréu, já era, porque Cânion Itaimbezinho é bem alto.
Para atravessar o rio fazíamos uma corrente dando as mãos uns para os outros. A maioria do trechos eram tranquilos, mas tinha um trecho ou outro que a água chegava na cintura e dava para sentir mais a força do rio.

Entre uma travessia e outra passamos por algumas cachoeiras gigantescas, acho que as maiores que já vi, a água escorria do topo do cânion que chega a ter 700 metros.
Chegando no Cânion Itaimbezinho pela trilha do Rio do Boi
Chegamos no ponto principal exatamente às 12h. Deve ser o melhor horário porque o sol estava bem no meio das montanhas e clareava os dois paredões que são divididos pelo rio.
Segundo o Alex, os Cânions são formados pelo deslocamento dos blocos e não pelo desgaste dos rios, como eu imaginava antes – obvio que não lembrava mais das aulas de geografia que me explicaram isso em algum momento da vida.

O lugar é lindo. As paredes são enormes com um rio de águas cristalinas parecendo minúsculo no meio.
Paramos por um tempo lá, fizemos o lanche e voltamos pelo mesmo caminho parando em outras cachoeiras.
O passeio do Cânion Itaimbezinho pela trilha do Rio do Boi durou umas 7 horas.
Parque Estadual Aparados da Serra no topo do Cânion Itaimbezinho
No dia seguinte peguei a moto e segui viagem de novo, desta vez subindo a serra no sentido Cambará do Sul.
No caminho também têm um acesso ao Parque Nacional Aparados da Serra, de onde é possível ver o Cânion Itaimbezinho de cima.

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Neste parque tem duas opções de trilhas, uma de 1km e outra de 3km. Pelo cansaço do dia anterior, sol e o quanto ainda ia rodar de moto, decidi fazer a trilha mais curta.
De lá vi algumas cachoeiras e o Cânion do topo, mas preferi muito mais a experiência por baixo.
Única casa remanescente
Lá no topo tive uma surpresa muito boa. Existe uma casa meio fazenda dos anos 40 que resistiu a tomada de terrenos pelo governo para transformar toda a área em parque nacional.

A casa fica aberta ao público como um café então fui conhecer Café do Vô Marçal e artesanato da Vó Maria.
Sem energia porque a proteção ambiental não permite, comi um pastel que estava delicioso e acabei ganhando um café depois de contar as moedas e não ter o suficiente.

>> Já vi uma história parecida no PETAR, reveja aqui
O passeio todo no Cânion Itaimbezinho pela trilha do Rio do Boi foi incrível, uma das naturezas mais belas que já vi. Mas acho muito pouco explorado como beleza natural para o turismo no país. O engraçado também é que assim como Petar, proporcionalmente tinha mais pessoas de fora do Brasil do que brasileiros no passeio.
Vá conhecer, vale a pena.

Sou Rodrigo Schmiegelow (Schmi), publicitário nascido em 86. Gosto de viajar e conhecer novos lugares e culturas desde os 11 anos. Passei pelo Canadá, África do Sul e Namíbia e agora estou em uma viagem de moto sozinho pela América (acompanhe no Instagram) para conhecer lugares, pessoas e gastronomia regional simples para o meu projeto O Mundo em Lanches onde vou transformar essas experiências em lanches deliciosos.
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